Pesando cerca de 500 kg, a egípcia Eman Ahmed Adb Aty é provavelmente a mulher mais obesa do mundo. Seu estado de saúde é tão crítico que ela mal consegue se mover. Aos 36 anos, sem sair de casa desde os 11, Eman será levada em um avião fretado para a Índia, onde passará por uma cirurgia de redução do estômago. O médico Muffazal Lakdawala, que fará a operação, chegou a procurar um ministro indiano para liberar um visto para a mulher, cuja família tem poucos recursos financeiros.
A família procurou Lakdawala, em outubro, após a recomendação de um amigo. O médico, imediatamente, começou a juntar dinheiro para ajudar nos custos do translado, até que a embaixada da Índia em Cairo negou um visto para Eman, uma vez que ela não poderia viajar sozinha. No Twitter, o doutor recorreu à ministra de Relações Exteriores da Índia, Sushma Swaraj, que logo se disponibilizou a resolver o impasse. A viagem pode acontecer já na próxima semana, dependendo de trâmites burocráticos.
Segundo a família de Eman, ela não sai de casa há 25 anos por sua imobilidade e pesa 500 kg. Caso esta informação seja verdadeira, ela se tornaria a mulher viva mais pesada do mundo, na frente da atual recordista Pauline Potter, americana que pesava 292 kg em 2010.
De acordo com a análise de documentos e relatórios médicos, o doutor Lakdawala estima que a egípcia pese pelo menos 450 kg.
“Eles disseram que, quando ela tinha 11 anos, ganhou um imenso peso que a impediu de levantar-se, fazendo necessário que rastejasse. Até que ela sofreu um derrame que a deixou acamada, não permitindo que saísse de casa desde então”, afirmou o doutor à rede britânica “BBC”.
Apesar de ter sido diagnosticada com elefantíase, o médico indiano acredita que a mulher sofra, na verdade, de um linfodema relacionado à obesidade.
“Ela precisará ficar em Mumbai por dois ou três meses para a cirurgia e o tratamento posterior. Mas serão necessários dois ou três anos para que seu peso fique abaixo de 100 kg. Eu estou esperançoso que consiga ajudá-la, mas não digo que estou confiante pois isto seria um exagero”, confessou à “BBC” o médico.
Fonte: O GLOBO
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