As
declarações do Papa Francisco defendendo que um pai pode dar uma
palmada em seu filho para puni-lo, provocou uma onda de críticas,
especialmente na Alemanha e no Reino Unido.
"Um
bom pai sabe esperar e perdoar, mas também corrigir com firmeza. Não é
nem fraco, nem permissivo, nem sentimental", disse o Papa durante sua
audiência geral no Vaticano sobre o papel do pai na família.
Saindo
do texto preparado, ele acrescentou: "uma vez, durante uma reunião,
ouvi um pai dizer: 'às vezes dou umas palmadas em meus filhos, mas nunca
no rosto para não humilhar'. Isso é bonito, tem um senso de dignidade.
Ele deve punir, e de maneira justa".
Passada quase despercebida na Itália, a observação foi fortemente criticada mais ao norte.
"Não
há nenhum tipo de tapa contra filhos digno. Temos de ser claros. Toda
violência contra as crianças é totalmente inaceitável", declarou a
ministra alemã da Família, Manuela Schwesig (SPD, centro-esquerda) ao
jornal Die Welt.
A
associação Ajuda Alemã à Infância pediu o pontífice argentino que
corrigisse o quanto antes o erro: "Este Papa é particularmente Humano,
mas todo Homem pode errar. Afirmar que é normal bater (em uma criança)
se isso for feito com dignidade, é algo totalmente equivocado".
Peter
Saunders, fundador de uma associação britânica anti-pedofilia e membro
da nova comissão do Vaticano para a proteção da criança, declarou ao
Daily Telegraph que a declaração foi "muito indesejável".
"Estou
surpreso, mesmo que as vezes ele cometa gafes", disse Saunders, que
está em Roma para a primeira reunião plenária do Comitê.
O
Papa Francisco tem uma visão bastante tradicional da família e da
educação, que combina suavidade e firmeza. Ele ataca regulamente os pais
ditadores, mas também aqueles que se comportam como amigos de seus
filhos.
Fonte: IG.com
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