O
corpo do brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, executado no sábado
(17) - horário de Brasília - na Indonésia, foi cremado no país e suas
cinzas serão levadas para o Rio de Janeiro pela advogada Maria de Lurdes
Archer Pinto, tia dele.
Única
parente ainda viva do brasileiro condenado à morte por tráfico de
drogas, Maria de Lurdes está na Indonésia e esteve com Marco Archer
antes da execução. As informações são do jornalista Nelson Veiga, amigo
de Archer, que falou à Agência Brasil por telefone.
Após
o fuzilamento do brasileiro, a presidente Dilma Rousseff disse estar
"consternada" e "indignada" e convocou para consultas o embaixador do
Brasil em Jacarta. No meio diplomático, a medida representa uma espécie
de agravo ao país no qual está o embaixador. Já o ministro das Relações
Exteriores, Mauro Vieira, disse que a execução causa "uma sombra" na
relação entre o Brasil e a Indonésia.
Em
nota, a organização não governamental Anistia Internacional considerou o
ato um "retrocesso". Archer e outros cinco traficantes de drogas mortos
pela Indonésia formam o primeiro caso de execução aprovada
pelo presidente Joko Widodo, que assumiu o cargo recentemente.
"Este
é um retrocesso grave e um dia muito triste. A nova administração tomou
posse prometendo fazer dos direitos humanos uma prioridade, mas a
execução de seis pessoas vai na contramão desse compromisso", disse o
diretor de Pesquisa sobre a Região do Sudeste Asiático e Pacífico da
Anistia Internacional, Rupert Abbott.
Fonte: Agência Brasil
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