Bispo celebrou casamento homoafetivo na última sexta-feira (23) em Maceió (Foto: Micaelle Morais / G1) |
O Bispo Chanceler da diocese de Maceió da Igreja Católica Brasileira (ICAB), Dom Fernando Pugliese, que realizou o primeiro casamento homoafetivo religioso
em Alagoas, foi suspenso da ordem após realizar a cerimônia na última
sexta-feira (23). A decisão foi anunciada através de um comunicado
oficial no site oficial da instituição. Apesar da punição, o bispo
mantém-se firme sobre o assunto. "Fiz essa bênção nupcial com a melhor
das intenções e não me arrependo do que fiz", defende-se.
Com a suspensão, Pugliese não poderá realizar nenhum sacramento em nome da Igreja Católica Brasileira, como rezar missas e realizar cerimônias. De acordo com o Bispo Diocesano Dom Walbert Rommel Coêlho Galvão Barros, ele deve apresentar defesa para o Superior Tribunal Eclesiastico da Igreja em até 30 dias. Ainda segundo ele, caso Pugliese não apresente a defesa, corre o risco de ser excomungado.
Em nota, a ICAB informou que "não é contrária às conquistas na sociedade pela igualdade e isonomia entre as pessoas", porém considera o comportamento sexual humano sacramental por natureza, podendo somente ser celebrado religiosamente casamento entre homem e mulher.
A Igreja ainda informou que Pugliese não teve liberação da instituição, nem dos demais bispos conciliares, sendo a aprovação da cerimônia totalmente desconhecida pelo Conselho Episcopal e por todo o Concílio dos Bispos.
"Tal atitude é um ato espontâneo, irreverente e rebelde do bispo, que segundo suas opiniões pessoais faz uso irresponsável do dom que lhe foi concedido, de forma abrupta o distribui, de forma autoritária e rebelde", diz a nota.
Indagado sobre o posicionamento da ICAB, Dom Fernando Pugliese informou à reportagem doG1 que não foi avisado oficialmente pela instituição. "Houve uma polêmica muito grande. Acho difícil me expulsarem, pois tenho 82 anos e muito tempo de serviço prestado. Acredito que seja perseguição. Assim que for comunicado, apresentarei defesa, mas estou tranquilo", disse.
Confira a nota na íntegra:
A presidência da Igreja Católica Apostólica Brasileira – ICAB – através de seu presidente, Dom Josivaldo Pereira de Oliveira, pronuncia-se sobre a matéria veiculada no site do O Globo, g1.globo.com, a respeito de um “casamento gay” que será celebrado por um bispo da Igreja Católica Apostólica Brasileira, Dom Fernando Pugliese, auxiliar na Diocese de Maceió –Alagoas.
...
A Igreja Católica Apostólica Brasileira não é contrária às conquistas na sociedade pela igualdade e isonomia entre as pessoas. Neste sentido, rechaçamos qualquer forma de violência verbal ou física por causa das opções e orientações que um cidadão faça em termos político, religioso, ideológico e sexual.
Todavia, a Igreja Católica Apostólica Brasileira considera o comportamento sexual humano sacramental por natureza.
A Igreja Católica Apostólica Brasileira, neste diapasão, prioriza o entendimento Bíblico e a Tradição Cristã. Sacramentalmente, para a Igreja Católica Apostólica Brasileira, segundo seu Código Eclesiástico, matrimonio como Graça de Deus, somente pode ser celebrado entre Homem e Mulher.
A notícia evidencia que o citado Bispo, dom Fernando Pugliese, tem a aprovação da Igreja e dos demais bispos conciliares, situação totalmente desconhecida pelo Conselho Episcopal e, obviamente, por todo o Concílio dos Bispos.
Tal atitude é um ato espontâneo, irreverente e rebelde do bispo, que segundo suas opiniões pessoais faz uso irresponsável do dom que lhe foi concedido, de forma abrupta o distribui, de forma autoritária e rebelde.
Dom Fernando Pugliese não tem nenhuma aprovação de nenhuma instância da Igreja Católica Apostólica Brasileira , nem mesmo tem amparo legal e de documentos que o outorgue direitos para levar a cabo esta cerimônia.
A Igreja Católica Apostólica Brasileira, representada por todos seus bispos, padres e fiéis lamentam o fato e a atitude do irmão, os mesmos repudiam essa decisão do Bispo e desaprovam tal atitude que fará com que Dom Fernando Pugliese seja sancionado pelo Tribunal Eclesiastico da Igreja por tão grande incompatibilidade com a comunhão e o colegiado dos Bispos.
O Bispo Diocesano de Maceió, Dom Rommel, também REPROVA oficialmente a realização de tal ato e jamais foi consultado sobre o acontecimento do mesmo. Lamenta o incidente em que envolve pessoas de bem, mas afirma que sua posição está em desacordo com Dom Fernando Pugliese e que a Diocese de Maceió interpreta essa ação do Bispo Auxiliar como um ato de desobediência à Igreja Particular da ICAB em Alagoas e contra a hegemonia do Concilio dos Bispos.
Com a suspensão, Pugliese não poderá realizar nenhum sacramento em nome da Igreja Católica Brasileira, como rezar missas e realizar cerimônias. De acordo com o Bispo Diocesano Dom Walbert Rommel Coêlho Galvão Barros, ele deve apresentar defesa para o Superior Tribunal Eclesiastico da Igreja em até 30 dias. Ainda segundo ele, caso Pugliese não apresente a defesa, corre o risco de ser excomungado.
Em nota, a ICAB informou que "não é contrária às conquistas na sociedade pela igualdade e isonomia entre as pessoas", porém considera o comportamento sexual humano sacramental por natureza, podendo somente ser celebrado religiosamente casamento entre homem e mulher.
A Igreja ainda informou que Pugliese não teve liberação da instituição, nem dos demais bispos conciliares, sendo a aprovação da cerimônia totalmente desconhecida pelo Conselho Episcopal e por todo o Concílio dos Bispos.
"Tal atitude é um ato espontâneo, irreverente e rebelde do bispo, que segundo suas opiniões pessoais faz uso irresponsável do dom que lhe foi concedido, de forma abrupta o distribui, de forma autoritária e rebelde", diz a nota.
Indagado sobre o posicionamento da ICAB, Dom Fernando Pugliese informou à reportagem doG1 que não foi avisado oficialmente pela instituição. "Houve uma polêmica muito grande. Acho difícil me expulsarem, pois tenho 82 anos e muito tempo de serviço prestado. Acredito que seja perseguição. Assim que for comunicado, apresentarei defesa, mas estou tranquilo", disse.
Confira a nota na íntegra:
A presidência da Igreja Católica Apostólica Brasileira – ICAB – através de seu presidente, Dom Josivaldo Pereira de Oliveira, pronuncia-se sobre a matéria veiculada no site do O Globo, g1.globo.com, a respeito de um “casamento gay” que será celebrado por um bispo da Igreja Católica Apostólica Brasileira, Dom Fernando Pugliese, auxiliar na Diocese de Maceió –Alagoas.
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A Igreja Católica Apostólica Brasileira não é contrária às conquistas na sociedade pela igualdade e isonomia entre as pessoas. Neste sentido, rechaçamos qualquer forma de violência verbal ou física por causa das opções e orientações que um cidadão faça em termos político, religioso, ideológico e sexual.
Todavia, a Igreja Católica Apostólica Brasileira considera o comportamento sexual humano sacramental por natureza.
A Igreja Católica Apostólica Brasileira, neste diapasão, prioriza o entendimento Bíblico e a Tradição Cristã. Sacramentalmente, para a Igreja Católica Apostólica Brasileira, segundo seu Código Eclesiástico, matrimonio como Graça de Deus, somente pode ser celebrado entre Homem e Mulher.
A notícia evidencia que o citado Bispo, dom Fernando Pugliese, tem a aprovação da Igreja e dos demais bispos conciliares, situação totalmente desconhecida pelo Conselho Episcopal e, obviamente, por todo o Concílio dos Bispos.
Tal atitude é um ato espontâneo, irreverente e rebelde do bispo, que segundo suas opiniões pessoais faz uso irresponsável do dom que lhe foi concedido, de forma abrupta o distribui, de forma autoritária e rebelde.
Dom Fernando Pugliese não tem nenhuma aprovação de nenhuma instância da Igreja Católica Apostólica Brasileira , nem mesmo tem amparo legal e de documentos que o outorgue direitos para levar a cabo esta cerimônia.
A Igreja Católica Apostólica Brasileira, representada por todos seus bispos, padres e fiéis lamentam o fato e a atitude do irmão, os mesmos repudiam essa decisão do Bispo e desaprovam tal atitude que fará com que Dom Fernando Pugliese seja sancionado pelo Tribunal Eclesiastico da Igreja por tão grande incompatibilidade com a comunhão e o colegiado dos Bispos.
O Bispo Diocesano de Maceió, Dom Rommel, também REPROVA oficialmente a realização de tal ato e jamais foi consultado sobre o acontecimento do mesmo. Lamenta o incidente em que envolve pessoas de bem, mas afirma que sua posição está em desacordo com Dom Fernando Pugliese e que a Diocese de Maceió interpreta essa ação do Bispo Auxiliar como um ato de desobediência à Igreja Particular da ICAB em Alagoas e contra a hegemonia do Concilio dos Bispos.
Fonte: G1
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